Qualidade Científica: Além da Fama dos Periódicos
Terça-feira, 3 de dezembro de 2024
Última modificação: Terça-feira, 3 de dezembro de 2024
O artigo intitulado “Fama de periódico não garante qualidade da ciência”, de autoria de Marcelo Takeshi Yamashita, publicado no Jornal da Unesp em 2 de dezembro de 2024 e originalmente apresentado na revista Questão de Ciência, aborda a recente decisão da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) de descontinuar, a partir de 2025, o uso do sistema de classificação Qualis para avaliar a produção acadêmica no Brasil.
Yamashita argumenta que a dependência excessiva de métricas quantitativas, como o fator de impacto de revistas científicas, para avaliar a qualidade individual de artigos é inadequada. Ele ressalta que tal prática não apenas desvirtua os critérios de avaliação científica, como também incentiva a proliferação de periódicos predatórios. O autor defende que a análise da produção científica deve se concentrar nos méritos intrínsecos de cada estudo, em vez de depender da reputação dos veículos onde são publicados.
Para sustentar sua posição, Yamashita cita exemplos de artigos publicados em revistas de alta reputação que, posteriormente, foram retratados devido a falhas metodológicas ou éticas. Esses casos reforçam a ideia de que a qualidade da ciência não é garantida exclusivamente pela notoriedade dos periódicos.
Por fim, Yamashita considera a decisão da Capes um avanço positivo, mas alerta para a necessidade de que a avaliação da produção acadêmica seja orientada pelos méritos específicos de cada trabalho, e não pela notoriedade dos veículos de publicação.
Para acessar a íntegra da matéria, clique aqui.